Era uma vez dois irmãos curiosos chamados Mia e Tom. Eles viviam em uma pequena vila cercada por montanhas. Ao longe, as crianças podiam ver um vale coberto de nuvens brancas e fofas. Diziam que ali viviam os gigantes. Mas ninguém sabia ao certo, porque ninguém tinha coragem de ir até lá.

Certa manhã ensolarada, Mia disse:
— Tom, e se formos explorar o Vale dos Gigantes? Sempre ouvi dizer que eles são gentis e que têm segredos mágicos para compartilhar.

Tom arregalou os olhos.
— Mas e se for perigoso?

Mia riu.
— Não saberemos até tentarmos!

Curiosos e empolgados, os dois arrumaram uma mochila com frutas, biscoitos e água e começaram sua aventura. Caminharam por um longo tempo, subindo e descendo colinas, até que finalmente chegaram a uma grande ponte de pedra que levava ao vale. Ao atravessar, perceberam que tudo parecia maior. As árvores eram gigantescas, os pássaros tinham asas enormes e as flores eram do tamanho de guarda-chuvas.

— Uau! — exclamou Tom. — Acho que estamos no lugar certo.

De repente, ouviram um barulho: passos pesados que faziam o chão tremer levemente.

— O que foi isso? — sussurrou Tom, segurando a mão de Mia.

Antes que pudessem responder, um gigante apareceu entre as árvores. Ele era alto como uma torre, mas tinha um sorriso caloroso e olhos bondosos.

— Olá, pequenos visitantes! — disse o gigante, agachando-se para falar com eles. — Meu nome é Hugo. O que traz vocês ao Vale dos Gigantes Gentis?

Mia, um pouco tímida, respondeu:
— Viemos porque queremos conhecer os gigantes e aprender sobre este lugar mágico.

Hugo deu uma risada que soava como o vento nas árvores.
— Vocês são corajosos! Venham, vou mostrar o vale para vocês.

Os irmãos seguiram Hugo, que os levou por um caminho cheio de árvores gigantes. Pelo caminho, encontraram outros gigantes, todos sorridentes e amigáveis. Cada um tinha uma habilidade especial: havia um gigante que cuidava de um jardim cheio de flores que brilhavam à noite, outro que pintava o céu com as cores do pôr do sol, e um que fazia nuvens macias para os pássaros descansarem.

Hugo explicou:
— Aqui no vale, todos os gigantes têm a missão de cuidar da natureza e tornar o mundo mais bonito.

Mia e Tom estavam encantados.

Mais tarde, Hugo os levou a uma clareira onde havia uma cachoeira de água dourada.
— Esta é a Fonte dos Sonhos — disse Hugo. — Quem beber dessa água verá seus sonhos mais lindos.

Os irmãos olharam fascinados. Mia encheu as mãos com a água e bebeu um gole. Ela fechou os olhos e viu a imagem de si mesma voando em um balão colorido. Quando Tom bebeu, ele viu uma enorme biblioteca cheia de livros mágicos que contavam histórias do mundo inteiro.

— Isso é incrível! — disse Tom.

— Sim — respondeu Hugo. — A água nos lembra que nossos sonhos são importantes e que devemos acreditar neles.

Enquanto exploravam, perceberam que o sol estava começando a se pôr. Mia olhou para Hugo.
— Está na hora de irmos para casa.

Hugo sorriu e disse:
— Claro, mas antes quero dar algo para vocês.

Ele pegou duas pequenas pedras brilhantes, uma azul e uma dourada, e entregou a eles.
— Estas pedras são mágicas. Sempre que sentirem medo ou dúvida, segurem-nas e lembrarão que são mais fortes do que imaginam.

Mia e Tom agradeceram emocionados. Depois, Hugo os levou de volta até a ponte e se despediu com um grande sorriso.

— Voltem sempre! O Vale dos Gigantes Gentis estará aqui esperando por vocês.

Os irmãos voltaram para casa com o coração cheio de alegria e histórias para contar. E toda noite, antes de dormir, olhavam para as pedras mágicas e lembravam que o mundo é cheio de coisas incríveis para descobrir.

FIM

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