Em uma pequena vila escondida entre as colinas, havia um bosque encantado onde vivia a fada da luz suave. Seu nome era Luma, e ela tinha asas que brilhavam como os primeiros raios do sol e cabelos que pareciam fios de ouro.

Luma tinha uma missão especial: ajudar as crianças e os animais do bosque a relaxarem e dormirem bem. Todas as noites, antes do sol desaparecer no horizonte, ela voava pelo bosque espalhando sua luz mágica, que trazia calma e serenidade a todos.

Uma noite, enquanto Luma estava sentada em uma pedra perto do riacho, ela ouviu um pequeno soluço. Curiosa, voou em direção ao som e encontrou um coelhinho cinza escondido atrás de um arbusto.

“Por que você está chorando, pequeno amigo?”, perguntou Luma, pousando suavemente ao lado dele.

O coelhinho levantou os olhos molhados de lágrimas e respondeu: “Eu não consigo dormir. O vento faz barulhos estranhos, e as sombras das árvores me assustam.”

Luma sorriu gentilmente. “Oh, meu querido, não há nada a temer. O vento está apenas cantando sua canção, e as sombras estão dançando com a luz da lua. Deixe-me ajudar você.”

Com um gesto de suas mãos delicadas, Luma criou uma pequena bola de luz dourada que flutuou até o coelhinho. A luz era tão suave que parecia um carinho no rosto. “Feche os olhos e escute minha canção”, disse Luma.

Ela começou a cantar uma melodia doce e tranquila, que parecia misturar o som do riacho com o sussurro das folhas. O coelhinho sentiu seu corpo relaxar, e antes que percebesse, estava dormindo profundamente.

Naquela mesma noite, Luma encontrou outros animais que precisavam de sua ajuda. Um filhote de coruja estava com medo de voar pela primeira vez, um esquilo não conseguia parar de pensar em suas nozes escondidas, e uma raposinha estava inquieta porque queria brincar em vez de dormir. Para cada um, Luma espalhou sua luz e cantou sua canção, trazendo calma e sono tranquilo.

Mas Luma sabia que sua missão não estava completa. Ela sentiu que, em uma casa da vila, havia uma criança acordada, olhando para o teto com os olhos cheios de preocupação. Era Sofia, uma menininha de cabelos cacheados que adorava ouvir histórias antes de dormir.

“É hora de visitar Sofia”, pensou Luma.

Com um bater de asas, Luma voou até a janela do quarto de Sofia. A luz suave que emanava de suas asas iluminou o ambiente, criando formas de estrelas e corações nas paredes. Sofia, surpresa, sentou-se na cama e esfregou os olhos. “Quem é você?”, perguntou com um sorriso curioso.

“Eu sou Luma, a fada da luz suave. Ouvi dizer que você não consegue dormir. Posso ajudar?”

Sofia assentiu. “Eu estou preocupada. Amanhã é meu primeiro dia de escola, e não sei se vou fazer amigos.”

Luma pousou na cabeceira da cama e disse: “Eu entendo como você se sente. Mas você sabia que as estrelas também ficam nervosas antes de brilhar pela primeira vez? Elas têm medo de não serem vistas, mas quando começam a brilhar, percebem que são parte de algo maior e muito bonito.”

Sofia sorriu. “Então eu sou como uma estrelinha?”

“Exatamente”, respondeu Luma. “E eu vou cantar uma canção para ajudar você a relaxar e sonhar com um dia maravilhoso.”

Luma ergueu suas mãos e espalhou a luz dourada pelo quarto. Começou a cantar a mesma melodia doce que havia cantado para os animais. Sofia fechou os olhos, sentindo-se envolvida por uma paz profunda. Ela imaginou um campo cheio de estrelas sorrindo para ela e sussurrando: “Você é especial.”

Em poucos minutos, Sofia estava dormindo profundamente, com um sorriso no rosto.

Luma olhou ao redor, satisfeita. Sua missão estava cumprida. Ela voou de volta para o bosque, onde as árvores pareciam agradecê-la com suaves movimentos de suas folhas. E assim, todas as noites, Luma continuava a espalhar sua luz suave, trazendo calma e sonhos tranquilos para todos que precisassem.

Fim.

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