Era uma vez uma vila pequenina, cercada por colinas verdes e um lago cristalino que refletia o céu. Todas as noites, as crianças da vila gostavam de deitar em suas camas e olhar pela janela para a lua brilhante que iluminava o céu. Mas havia algo especial naquela lua: ela adorava contar histórias!
A cada noite, quando o céu ficava escuro e as estrelas começavam a piscar, a lua surgia no horizonte e soltava um suspiro suave. Assim que suas luzes prateadas banhavam a vila, uma voz melodiosa ecoava pelo ar.
“Boa noite, pequeninos! Hoje vou contar a vocês uma história especial”, dizia a lua com um tom caloroso.
Naquela noite, a pequena Sofia, que tinha cabelos cacheados e um travesseiro com estampa de estrelas, ficou especialmente animada. Ela abriu a janela do quarto e se aconchegou em sua cama, abraçando seu urso de pelúcia.
“Qual será a história hoje, dona Lua?”, perguntou ela baixinho, com um sorriso no rosto.
A lua sorriu para Sofia e começou:
“Era uma vez uma estrelinha chamada Lila, que vivia no céu comigo. Lila tinha uma luz muito especial, tão brilhante que chamava a atenção de todas as estrelas ao seu redor. Mas, diferente das outras estrelas, Lila não gostava de brilhar sozinha. Ela queria compartilhar sua luz de uma maneira mágica.”
Sofia fechou os olhos para imaginar a estrelinha Lila.
“Um dia,” continuou a lua, “Lila decidiu descer do céu para visitar a Terra. Ela transformou sua luz em uma pequena faísca e se tornou quase invisível para que ninguém a notasse. Lila queria explorar e descobrir como poderia ajudar as pessoas com sua luz.
Enquanto descia pelas montanhas e vales, Lila encontrou um coelhinho chamado Pippo, que estava tremendo de medo no escuro da floresta.
‘Oi, pequeno coelho,’ disse Lila. ‘Por que está tão assustado?’
Pippo olhou ao redor, tentando descobrir quem falava. ‘Quem está aí? Eu não consigo ver você.’
Lila piscou sua luz bem fraquinha para ele. ‘Sou eu, Lila. Sou uma estrelinha que veio ajudar. Por que você está tão triste?’
‘A floresta fica muito escura à noite,’ respondeu Pippo, com as orelhas baixas. ‘Eu fico com medo de voltar para casa sozinho.’
Lila pensou por um momento e disse: ‘Que tal se eu iluminasse o caminho para você? Minha luz é pequena, mas pode guiar você até sua toca.’
Pippo concordou, e Lila começou a brilhar suavemente. O coelhinho seguiu sua luz até encontrar a toca aconchegante onde sua família o esperava. Ele deu um pulinho de alegria e disse: ‘Obrigado, Lila! Você é uma estrela muito especial!’
A lua fez uma pausa na história, e Sofia murmurou: ‘Lila é muito gentil.’
A lua sorriu e continuou:
“Depois de ajudar Pippo, Lila decidiu explorar mais a Terra. Ela chegou a uma pequena vila onde as crianças estavam tendo dificuldade para dormir. Os pequenos estavam agitados, pois o vento fazia barulhos assustadores ao passar pelas janelas.
‘Como posso ajudar essas crianças?’ pensou Lila. Então, ela teve uma ideia brilhante.
Lila começou a dançar no céu, desenhando formas mágicas com sua luz. Ela fez círculos que pareciam luas, estrelas cadentes que cruzavam o céu, e até corações brilhantes. As crianças, vendo o espetáculo lá de suas janelas, ficaram encantadas.
‘Olha! As estrelas estão dançando!’ disse uma menina, apontando para o céu.
‘Não é assustador, é lindo!’ disse outra criança, rindo de alegria.
Enquanto as crianças se maravilhavam com a dança das luzes, seus olhos começaram a pesar de sono. Lila percebeu que sua luz estava ajudando não só a acalmar, mas também a encher os corações das crianças com sonhos tranquilos.
Uma por uma, as janelas das casas foram fechando, e as crianças adormeceram com sorrisos nos rostos.
‘Missão cumprida,’ disse Lila para si mesma, antes de voltar para o céu.”
Sofia abriu os olhos e olhou para a lua. “E Lila voltou para você, dona Lua?”
A lua riu suavemente. “Sim, minha pequena Sofia. Lila voltou e me contou todas as suas aventuras. Agora, todas as noites, quando você vê as estrelas dançando no céu, é porque Lila está lá, cuidando para que todas as crianças da Terra tenham sonhos tranquilos.”
Sofia sorriu e bocejou. “Boa noite, dona Lua. E boa noite, Lila.”
“Boa noite, Sofia,” respondeu a lua, com sua voz suave.
E assim, Sofia adormeceu, embalada pela luz gentil que vinha do céu.
Fim.