Em uma pequena cabana na floresta, bem no alto de uma colina, vivia um ursinho chamado Téo. Ele era muito fofo, com pelos macios e marrons, e adorava colecionar folhas de diferentes formatos. Mas, quando a noite chegava, Téo sempre tinha um pouco de dificuldade para dormir. Ele olhava para o céu cheio de estrelas e se perguntava como seria se pudesse pegar uma delas e usá-la como coberta.
Certa noite, enquanto estava deitado em sua caminha de folhas, ele disse baixinho: “Ah, como seria bom se eu pudesse ter uma coberta feita de estrelas! Aposto que eu dormiria muito melhor.”
De repente, algo mágico aconteceu. Uma luz brilhante apareceu no quarto de Téo, e ele ouviu uma voz suave e gentil: “Téo, pequeno ursinho, eu ouvi o seu desejo.”
Téo olhou em volta e viu uma fada flutuando perto da janela. Ela era pequena, com asas brilhantes e um vestido que parecia feito de pó de estrelas.
“Quem é você?” perguntou Téo, surpreso.
“Eu sou a Fada das Estrelas”, respondeu ela com um sorriso. “E vim ajudá-lo a realizar o seu desejo.”
Os olhinhos de Téo brilharam de emoção. “Você vai me dar uma coberta de estrelas de verdade?”
“Vou fazer melhor”, disse a fada. “Vou levá-lo a um lugar onde você poderá costurar sua própria coberta de estrelas.”
Com um movimento de sua varinha mágica, a fada fez Téo flutuar suavemente para fora de sua cama. Ele sentiu uma brisa morna e logo estava voando pelo céu, segurando na mão da fada. As estrelas pareciam ainda maiores e mais brilhantes de perto, e Téo mal podia acreditar no que estava vendo.
Eles chegaram a um campo de nuvens macias, onde havia várias estrelas espalhadas como pedrinhas brilhantes. Havia também uma grande agulha dourada e um fio feito de raios de luar.
“Agora, Téo,” disse a fada, “você pode escolher as estrelas que mais gosta e costurá-las em uma coberta.”
Téo olhou para as estrelas, cada uma com um brilho único. Ele escolheu estrelas que piscavam suavemente, como se estivessem sussurrando canções de ninar. Com cuidado, ele começou a costurar. A cada ponto, ele sentia uma calma gostosa tomando conta de seu coração.
Enquanto costurava, a fada contou histórias sobre as estrelas. “Sabia que cada estrela tem uma história para contar?” disse ela. “Algumas falam sobre aventuras em terras distantes, outras sobre sonhos que as pessoas têm enquanto dormem.”
Téo ouvia atentamente, imaginando todas as histórias que sua coberta de estrelas iria sussurrar para ele quando estivesse pronta.
Depois de algum tempo, Téo terminou sua coberta. Era a coisa mais bonita que ele já tinha visto, com um brilho suave que fazia seus olhos se fecharem de tão relaxado que ele estava.
“Agora é hora de voltar para casa”, disse a fada. Com outro movimento de sua varinha, ela levou Téo de volta para sua caminha, na pequena cabana da floresta.
Ela ajeitou a coberta de estrelas sobre Téo e sussurrou: “Esta coberta vai ajudá-lo a ter os sonhos mais tranquilos. Sempre que você se sentir inquieto, basta puxá-la bem pertinho de você, e ela contará histórias que o acalmarão.”
Téo bocejou e se aninhou sob a coberta brilhante. “Obrigado, Fada das Estrelas”, disse ele, com os olhos já se fechando.
“Durma bem, pequeno ursinho,” respondeu a fada, desaparecendo em um brilho de luz.
E assim, Téo adormeceu profundamente, embalado pelo brilho suave de sua coberta de estrelas. Naquela noite, ele sonhou que estava dançando entre as constelações, ouvindo histórias mágicas de lugares distantes.
Desde então, Téo nunca mais teve dificuldade para dormir. E, sempre que olhava para o céu, sabia que sua coberta era feita com o carinho das estrelas que ele mesmo havia escolhido.
Fim.