Era uma vez uma menina chamada Sofia, que adorava olhar para o céu. Todas as tardes, ela se sentava em uma pequena colina perto de sua casa e observava as nuvens. Algumas eram fofinhas como algodão, outras pareciam grandes barcos navegando em um mar azul. Mas havia algo que Sofia queria muito saber: para onde as nuvens iam quando desapareciam no horizonte?

Certa noite, enquanto estava deitada em sua cama olhando a lua pela janela, Sofia ouviu um som suave e sussurrante. Era como se as nuvens estivessem chamando por ela! Ela se sentou, esfregou os olhos e viu algo incrível: uma nuvem muito especial, brilhando como ouro, estava parada bem em frente à sua janela.

“Olá, Sofia”, disse a nuvem com uma voz doce. “Meu nome é Nimbus. Gostaria de conhecer o Caminho das Nuvens Tranquilas?”

Sofia mal podia acreditar no que estava acontecendo, mas seu coração estava cheio de alegria e curiosidade. “Sim, eu adoraria!”, respondeu.

Nimbus se abaixou, e Sofia subiu suavemente na nuvem macia. Parecia estar pisando em um travesseiro gigante! Nimbus subiu devagar, passando pelas árvores e alcançando o céu estrelado. Sofia olhou para baixo e viu sua casa ficando pequenininha lá longe.

“Para onde estamos indo?”, perguntou ela.

“Estamos indo para o Caminho das Nuvens Tranquilas, um lugar onde o vento canta canções suaves e as nuvens descansam depois de um longo dia no céu”, explicou Nimbus.

Enquanto viajavam, Sofia viu coisas mágicas. Passaram por uma estrela cadente que acenou para ela e por um arco-íris que brilhava mesmo à noite. As outras nuvens ao redor pareciam estar dançando, formando formas de corações, flores e animais.

Depois de algum tempo, eles chegaram a um lugar maravilhoso. O Caminho das Nuvens Tranquilas era como um jardim flutuante no céu. As nuvens estavam organizadas em fileiras, cada uma com um tom diferente de branco, cinza ou dourado. Algumas pareciam cochilar, enquanto outras conversavam em vozes baixas e risonhas.

“Bem-vinda, Sofia”, disse uma nuvem grande e elegante chamada Cirrus. “Você é a primeira humana que visitamos em muito tempo.”

“É lindo aqui!”, disse Sofia, maravilhada. “O que todas as nuvens fazem neste lugar?”

Cirrus sorriu. “Aqui, descansamos e compartilhamos nossas histórias. Cada nuvem tem uma missão especial: algumas trazem a chuva para ajudar as plantas a crescerem, outras protegem o sol nos dias quentes, e algumas simplesmente flutuam para alegrar as crianças que olham para o céu. E quando terminamos nosso trabalho, voltamos para este lugar para relaxar e ouvir o sussurro do vento.”

Nimbus levou Sofia para uma nuvem chamada Cumulus, que era redonda e muito fofinha. Cumulus convidou Sofia para se deitar e olhar para as estrelas. “Sabia que as estrelas também contam histórias?”, disse Cumulus.

Sofia sorriu. “Histórias? Que tipo de histórias?”

Cumulus apontou para o céu com uma ponta de vapor. “Veja aquela estrela bem brilhante ali? Ela é chamada de Estrela Guia. Dizem que ela ajuda os viajantes a encontrar o caminho de casa. E aquela constelação em forma de urso? Ela protege os animais da floresta durante a noite.”

Sofia sentiu seu coração se encher de paz enquanto ouvia as histórias. O vento soprava suavemente, embalando-a como uma canção de ninar. Nimbus se aproximou e disse: “Sofia, é hora de voltar para casa. Mas lembre-se, o Caminho das Nuvens Tranquilas sempre estará aqui, esperando por você.”

Sofia deu um grande abraço em Nimbus e acenou para todas as outras nuvens. Quando voltou para sua cama, ela se sentiu mais leve e tranquila do que nunca. O vento ainda sussurrava lá fora, como se estivesse contando segredos das nuvens.

E assim, Sofia adormeceu, com um sorriso nos lábios e a certeza de que o céu sempre guardava um lugar mágico para aqueles que acreditam.

Fim.

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